...desde 1880

10/09/2008

Queremos partilhar...

Próximo dos 3 meses de existência,
analisamos um dos objectivos deste blog:
aproximar memórias das várias Gerações,
para tentar ilustrar a história deste Organismo,
procurando vencer a barreira física da distância
entre os vários Orfeonistas.


Infelizmente,..defraudando as nossas expectativas,
a colaboração tem sido escassa.
O nosso "empenho" foi decaindo,
por falta de "estímulo" de quem nos visita..
(apesar de continuarmos a remexer na história)

Face a isto, e uma vez que, o que julgávamos ser uma forma de ajuda ao trabalho que estamos a desenvolver,
não está a dar frutos...
estamos a ponderar entregar este projecto
à Direcção do Orfeon, para que o possa aproveitar,
se assim o entender.

06/08/2008

"Via Crucis"...


...de Franz Liszt,
foi um espectáculo que o Orfeon apresentou durante algum tempo sob a forma encenada,
fruto do trabalho artístico do Maestro Artur Pinho.

Foi apresentado pela primeira vez em Coimbra, na Igreja de S. José, em Março de 2003.


Padre João e o Presidente do Orfeon, Nuno Sequeira, nos agradecimentos finais do espectáculo.


Depois disso, várias foram as apresentações,
por exemplo, durante 2004, em Lamego...
(imagens gentilmente cedidas pela Orfeonsita Joana Lobo)


...e em Arouca...



(Alguém se recorda do ano em que estes dois espectáculos foram apresentados?)

05/08/2008

Uma "reportagem" em forma de livro...

..foi escrita por um dos Orfeonistas que viveu a Digressão a África no verão de 1949 - Dr. António de Almeida Santos.

Já lá vão quase 60 anos!
O Orfeon era masculino, a viagem foi de barco e durou 3 meses,...
o espírito Orfeónico, o que ainda hoje existe!

«(...) A propósito, é oportuno recordar uma história que nos foi relatada com graça nos escritórios da Companhia Colonial de Navegação. Como sempre, a presença da Academia de Coimbra lançou o pânico nos estremosos corações maternais.
O caso passou-se antes da nossa chegada.
Uma respeitável senhora, mãe carinhosa duma donzela igualmente respeitável, recém-casada por procuração com certo cavalheiro colonial e que preparava alvoraçada a sua viagem no "João Belo", que a transportaria aos braços amados - também por procuração das maternais considerações económicas - entrou nos escritórios da Companhia com um ar de irremediável fatalidade. Ao saber que no mesmo barco viajava o Orfeão Académico, o coração da pobre senhora perdeu o compasso numa angustiosa aflição. Talvez que ela tivesse, perdida na sombra do seu passado distante, uma história de amor que não contou ao marido. E a pobre senhora anteviu uma autêntica abordagem de piratas do amor ao coração naturalmente sugestionável da pobre menina. Daí aquela corrida ao Escritório a pedir por todos os santos que lhe arranjassem passagem noutro barco e salvassem a bela noiva do ultraje de uma viagem em companhia de tão perigosa "cambada". E a Companhia, sempre solicita, salvou "in extremis" a honra da bela dama, concedendo-lhe passagem no Colonial.
Deviam ser bem arrojados esses estudantes de mil e novecentos...
(...)» (in pág 31)

«(...)Uma a uma, vão aflorando as caras novas dos passageiros que viajam connosco. Passam agora duas morenas que merecem um pouco de circunspecção. Já se sabe que são casadas por procuração e vão ao encontro dos maridos (respectivos). (...) Há muitas cranças a bordo. Consequências: um barulho dos diabos e amas, criadas, damas de companhia... Ora se a algazarra se dispensa, a presença das ditas criadas, amas e damas, reveste um significado especial. Lá vêm elas muito metidas consigo, bem precavidas por um aviso a tempo: nada de confiança a esses estudantes! (...)
Nos corredores, onde as criadas passeiam a garotada, nota-se uma particular ternura pelas crianças. Não há dúvida de que a viagem está produzindo uma espécie de puerilização colectiva dos espíritos masculinos e revelando ao memso tempo verdadeiras inclinações criadoras. (...)
Mas... há coisas bem incompreensíveis: por que será que ninguém faz carinhos ao Joãozinho, que tem uma criada feia? (...)» (in pág 44 a 46)

18/07/2008

"Coimbra Vibra"...


...era o nome da iniciativa,...alguém se recorda?
4 de Outubro de 2003
Coimbra tinha música em vários cantos da cidade,..
inúmeros foram os participantes.

Ao Orfeon Académico estava destinado
o Edifício Chiado na Baixa de Coimbra,
com a "orientação de regência" feita pelo Maestro Artur Pinho.

(fotografia gentilmente cedida pela Orfeonista Joana Lobo)



Este dia culminou com uma peça interpretada por vários dos coros participantes, cujos elementos se espalhavam pelas inúmeras janelas dos edifícios com a fachada virada para a Praça do Comércio, regidos por uma maestrina em suspensão no centro da praça!

Grande vôo...

...em 1993, o Orfeon esteve nos Estados Unidos da América!

(foto gentilmente cedida pelo Eng. José Gonçalo Silva)

10/07/2008

Em Junho de 2007..

..o Orfeon deslocou-se a Gesteira para
actuar na Igreja Matriz da N. Senhora da Conceição,
sob a direcção artística do Maestro Paulo Bernardino.

E agora, um desafio a essas memórias!

Num dos serões passados no museu, a atenção prendeu-se a
esta fotografia:
É certo que, depois de tanto olharmos para os Orfeonistas das várias gerações, as caras começam a ser-nos "familiares"... contudo, nesta imagem alguém mais se destaca, Fernando Lopes-Graça!
Infelizmente, este registo fotográfico não contém qualquer referência escrita..
Sabe o que regista e quando foi tirada?

Numa digressão de Páscoa..

...por Portugal, o Orfeon parou em terras alentejanas!
Esta fotografia terá sido tirada em Alter do Chão, em 1983.


(...cedida gentilmente pelo Dr. João Pinheiro e Dr.ª Rosário Moura)

Em Coimbra...


...marcando, mais uma vez, presença na
Semana Cultural da Universidade de Coimbra,
cuja temática visava "o sol".

Março de 2007, sob a regência do Maestro Paulo Bernardino.

09/07/2008

Em 1998...

...voou de novo até ao Brasil, onde cantou
em São Paulo, Rio do Janeiro, Ribeirão Preto, Araraquara...
sob a regência do Maestro Edgar Saramago.

Na fotografia, Orfeon em Angra dos Reis!

Aceitando a sugestão...

...de um comentário publicado, registamos assim a
presença do Orfeon em Paris,
na digressão feita em Abril de 2006,

com o Maestro Paulo Bernardino.

21/06/2008

Em terras francesas...

...em 1988, na Faculdade de Letras
da Universidade de Montpellier,
com a direcção artística do Maestro Virgílio Caseiro.

Em 1984, na Azambuja...

..o Orfeon actuou na freguesia de Aveiras de Cima,
sob a regência do Maestro Virgílio Caseiro.


20/06/2008

De Lisboa...















...para Osaka, em 1970,..com o Maestro Joel Canhão!
(fotografia gentilmente cedida pelo Dr. José Miguel Baptista)

Em 1966...

...nos meses Agosto/Setembro, viagem orfeónica aos Açores.

Actuação do Orfeon em Angra do Heroísmo, no "Teatro Angrense",
sob a regência do Maestro Raposo Marques.

...chegada do Orfeon a Santa Maria.

Actuação do Grupo de Fados do Orfeon, em Santa Maria:
Dr. JorgeTuna, Dr. António Andias,
Dr. Custódio Moreirinhas (instrum.) e Dr. José Miguel
Baptista (voz) - que gentilmente cedeu estas fotografias.

Foi nesta digressão que, em solo açoreano -de onde era natural-,
acabou por falecer o maestro Raposo Marques.

19/06/2008

Brasil...


...um sonho tornado realidade em Agosto de 1954!

"COIMBRA ABRAÇA O BRASIL

A Madeira, terra de encantos, acolheu em apoteose o Orfeão Académico de Coimbra
O sonho de uma viagem ao Brasil do Orfeão Académico de Coimbra, fora já o de muitas gerações de orfeonistas. E as maravilhas cantadas pelos velhos componentes da Tuna Académica, que, em 1925, fizeram uma viagem triunfal a terras de Santa Cruz, e pelos componentes do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra, que mais recentemente lá estiveram, tornaram esse sonho mais cheio de colorido, de aspectos desejados, de tons irreais, transformando-o num sonho a que quase havia receio de se entregarem.
Mas, quando na tarde de 6 de Agosto, o «Santa Maria» começou a deslocar Tejo fora, as suas vinte e tantas toneladas, noventa capas negras, acenando da amurada, trraduziam a satisfação de quem via o sonho transformar-se realidade...
Depois, mal desaparecidos ainda ao longe os derradeiros contornos da costa portuguesa, foi o iniciar curioso da absorvente e intensa vida de bordo. Num navio como o «Santa Maria», autêntico hotel de luxo flutuante, honra da Marinha Mercante nacional, não se deparam aos passageiros dificuldades no modo como preencher o tempo. Para os estudantes componentes do Orfeão, que uma alegre camaradagem irmana, muito menos existem dificuldades dessa ordem. Os seus camarotes foram transformados em típicas «repúblicas» coimbrãs, onde a irreverência e a boa disposição se dão as mãos. E todas as situações que o permitem são cruelmente exploradas em graças que correm através do barco e são fixadas para a posteridade no jornal da parede do Orfeão, cujo título, «A Cabra», se inspira no simbólico sino, reprodução fiel do torre sineira da Universidade de Coimbra, e que vai a bordo, para numa oferta do Orfeão à Universidade de S. Paulo, ficar a traduzir como seu simbolismo, os laços que unem a Universidade portuguesa sua filha de Além-Atlântico.
A tarde de 7 pôs-nos sob as vistas maravilhadas os contornos escarpados de Porto Santo e da Madeira. E, à noite, com a honrosa presença do sr. ministro das Obras Públicas, o Orfeão, apresentado em palavras cintilantes pelo ilustre orador dr. Alberto Araújo, deputado da Nação, num espectáculo realizado no Teatro Municipal funchalense, conquistou mais um grande êxito.
O dia seguinte foi um crescendo de maravilhas a patentearem-se liberalmente à caravana dos orfeonistas, que, mercê de amabilidade, dum grupo de antigos académicos, deram uma volta de sonho à ilha.
Na Camacha onde lhes foi servido um almoço regional, o apreciado rancho folclórico daquela localidade, exibiu-se para os estudantes e os professores universitários que os acompanham, com típicas danças regionais, os característicos «bailinhos», cujas melodias se trauteavam ainda pelo convés quando o estendal de luzes do Funchal, espraiando-se pela encosta do monte sobranceiro, se foi diluindo no escuro da noite." [A. Garção Soares]


Esta foi uma das muitas crónicas que o Dr. Garção redigiu durante esta digressão e que foram publicadas nos jornais. Foi com uma compilação de recortes amarelecidos com o tempo, mas carinhosamente arquivados, que o Dr. Teófilo Seabra surpreendeu a memória deste autor..

Momentos únicos... com que nos honraram numa reunião informal que o Dr. Teófilo amavelmente proporcionou com a presença do Dr. Garção Soares e Dr. Cancela.

Porto, Jan.2007: Dr. Garção, Dr. Teófilo e Dr. Cancela

De regresso de Espanha...

...em Celorico da Beira, datado de Abril de 1954...
retrato do "Orfeon de Arroyo".

(fotografia gentilmente cedida pelo Dr. Garção Soares)

Orfeon em África


Foi em Setembro de 1949 que o Orfeon se deslocou a Angola e Moçambique no "João Belo"!












Orfeon no porto de Lobito...












...entrada na Câmara Municipal de Benguela...


Orfeon em Lourenço Marques,
com o Maestro Raposo Marques na fotografia.

Nesta digressão, o Orfeon Académico esteve presente na
inauguração da linha de caminhos de ferro, na Vila de Chibia.

(fotografias gentilmente cedidas pelo Dr. Neves da Costa,
segundo Orfeonista da esquerda)

Já lá vão mais de 100 anos...

..desde o Centenário da Sebenta.

(fotografia cedida pelo Museu Académico)

Desde já agradecemos...

...pelo trabalho já conseguido, aos Orfeonistas que fomos contagiando logo de início, e a quem conseguimos roubar algum tempo (sempre pouco,.. face ao tanto que nos têm para contar, mostrar..e ao empenho que isso exige para que se consiga, de alguma forma, registar!)...

De máquina fotográfica em punho...scanner debaixo do braço, "invadimos" casas...e trouxemos imagens e algumas histórias!.. Gentilmente, cederam álbuns, jornais, recortes, panfletos... para que a recolha fosse feita com mais calma (...às vezes tanta, que ainda os temos em nossa posse!... - mais uma vez, as nossas desculpas!)... e houve mesmo quem nos surpreendesse com o envio de material por correio!

Conseguimos contar com a colaboração do Museu Académico e Biblioteca Geral da Universidade,..e claro, a disponibilidade de alguns Orfeonistas activos...a quem também agradecemos o empenho!

Em especial, ao Dr. Arlindo Gonçalves ("6h10"), Dr. José Miguel Baptista, Dr. João Pinheiro e Dr.ª Rosário Moura, Dr. Teófilo Seabra (com saudade), Dr. Garção Soares, Dr. Joaquim Cancela, Dr. Tito Costa Santos, Dr. Neves da Costa, Dr. Paulo Alexandre Almeida e Glória Chichorro (Gó), Eng. José Gonçalo Silva (Panchao) e direcção do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra,

desde já, o nosso bem-haja por estarem desse lado sempre prontos para continuar a (re)viver o nosso Orfeon!


Primeira digressão...


..terá sido em 1911, a Paris.

Aceitem este desafio,..e tornem também vossa esta concretização!

Saudações Orfeónicas,

A Comissão dos 125 anos do Orfeon Académico de Coimbra